sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Com um pouco de ironia, caminhe pela rua, pra aguentar o próximo passo que é obgrigado a ser ali e não ali, porque é o caminho mais rápido, ou pior: o mais lógico.
Tem muita coisa, sem dúvida, mas sei lá... acabei sugerindo ironia, pra guardar uma qualquer coisa que ainda, Deus queira, não seja indiferença.
Minha vida fragmentada
em areia e água
que faz o vidro
da janela, minha
pele
tanta voz, tantos sons
tantos escritos, mensagens, "o que dizer(es)"
muitos, demais, a cabeça dói, num cabe mais
pra que mais esse?

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Me sinto atravessado pelas frases, pelas avaliações... Ou mesmo pelo que eu acho que um olhar, ou um olhar que imagino e que não posso ver, diz. To sempre atrapalhado, meio torcido que nem um pedaço de carne atravessado por cada uma dessas intenções, anunciadas ou não. Tentando, mesmo assim, me mexer e parar de um jeito, que doa menos, pra depois mexer de novo, consequentemente, naturalmente, claro.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Peço desculpas por não ser lá muito orgulhoso, não consigo ser ponto de apoio ou referência pra alguem, não sou o sustento do que digo, muito menos dos meus valores.
Desculpas... tolero o que fazem de errado observando com pena... como se o mais altruista ganhasse no final...

Não sou homem de...

Falando sério, o foda é que o "Pros outros o que gostaria que fizessem pra você" vai indo embora, devagar num corrego escuro com aquela luz fraca da lua e do poste, vai acabando, mas não assim no muro, o texto, afinal to aqui escrevendo...

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Causar impacto não pode ser visto como 'apresentar a verdade'. Não é dizer "olha, eu vejo o mundo a partir de uma perspectiva mais privilegiada que a sua e, por isso, eu sei o que está por trás do mistério das coisas e vejo tudo com uma visão mais profunda que a sua. E, já que eu penso mais nestes problemas, tenho razões para dizer que a minha opinião é mais concreta que a sua; minha opinião é mais próxima da verdade, da realidade nua e crua."

Se isso for causar impacto, então eu não quero fazer isso. Não quero doutrinar ninguém; não quero impor as minhas idéias para ninguém como se fossem mais razoáveis (ou mais verdadeiras). O que acho muito mais plausível é fazer justamente o contrário: é impedir qualquer tipo de dogmatismo que ronda o pensamento.
Eu acho que causar impacto é promover pensamentos, é abalar aquilo que se tem como certeza absoluta. É só um empurrão para que o próprio indivíduo pense por si só, não é um doutrinamento, não é uma apresentação da verdade.

No entanto, permanecer com as velhas idéias de sempre é confortante. Parar o pensamento é estabelecer algumas idéias e noções - ou até mesmo todo um sistema de pensamento - como intocáveis, como impassíveis de qualquer dúvida. É considerar qualquer coisa que venha contra este pensamento estático como besteira; é negar violentamente tudo aquilo que não está de acordo com a sua crença.

Mas, ainda tenho dúvidas. Como causar impacto? Como fazer com que as pessoas movimentem o pensamento e deixem de parar dogmaticamente? Como dizer para as pessoas revirarem e questionarem aquelas certezas imóveis?

(Claro que eu posso mudar o que penso sobre isso)
Causar impacto pra sentir que existe, pra se sentir confortado vendo na reaçao alheia a própria individulidade, o limite entre eu e todas as "outras" idéias, enxergar limites nos quais podemos nos acomodar, respirar, se segurar, se assegurar... A surpresa que revela que havia algo em mim que nao "existia" em outra pessoa me assegura da minha possível singularidade, importância. e conforta.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Do post mauriciano

Mas, será que é preciso escrever algo digno ou causador de impacto? Eu não sei o que é digno, eu não sei como causar impacto.

Bom, olhando no dicionário online, ser digno é ser elevado, merecedor; é ser algo que vale a pena. Não acho que esta é uma tarefa fácil. Mas, é impossível ser digno se não houver tentativas. Pode ser que, no caminho para esta dignidade, aconteçam fracassos; e para evitá-los, toma-se cuidado para escrever. O excesso de cuidado, porém, pode desestimular - aí, você acha que toda a sua produção é incapaz de ser digna. Então, você para no caminho. (O 'você' a que me refiro não é você que está lendo esse texto, e nem você Maurício. É um você genérico. =P) No entanto, apesar de tomar cuidado e temer os fracassos, eu não pretendo parar.
Ora, este é o motivo deste blog, não?

Agora, o que me intriga é esta coisa de causar impacto... Recorrendo ao dicionário mais uma vez, o impacto é um choque, um abalo psicológico ou moral. Mas, o que é isso?, e como fazer isso?
Quando se escreve algo que vai ser publicado existe um certo cuidado por parte de quem escreve de que aquilo vai ser algo razoavelmente digno ou causador de impacto nos leitores supostos...
Marquei que eu queria ser alguma coisa util, de grande, mas as vozes incorporadas, me fazem ser as vozes, pq eu nao sei mais se eu, porque eu quero escreviyvbiuhb

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O começo.

Eu não pretendo que isso seja um blog escrito a quatro mãos. Não. Só acho que é mais fácil ter alguém como referência e como estímulo para escrever. Bom, falo isso apenas por mim, não sei o que o Maurício acha disso. Escrever a quatro mãos dá trabalho; e é difícil confrontar e sintetizar idéias com uma pessoa arisca feito esse cabeção. Assim, entendam que não sou o responsável direto por nenhum post mauriciano.

Uhú! \o/

Olha, eu nem sei o que vai ser disso. Já me queixei tanto da minha preguiça de escrever e nunca mudou nada.
- Mas, ora essa, que pessimismo é esse?