O Bom-moço já era.
Agora o que tá na moda é ser Mau-moço.
Parece que aquele bom rapaz já não é visto com bons olhos nos dias de hoje; casar virgem, não usar drogas e não falar palavrão são atributos de imbecis que não aproveitam a vida. Seguir aquele estereótipo de Bom-moço que a gente vê nos filmes mais antigos definitivamente está em desuso. O popular hoje é o cara que segue aquele padrãozinho do malvado que come todas as menininhas, é usuário de drogas e que o tempo todo se gaba das suas supostas ações-que-vão-contra-os-bons-costumes.
É claro que seguir padrõezinhos quaisquer não é uma das coisas mais inteligentes do mundo...
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Não existe vida após o expediente
Não existe vida após o expediente. Parece que a gente se esquece de que as horas de trabalho (ou de uma obrigação desagradável qualquer) também fazem parte da vida - e são também a própria vida.
Sei lá, parece que as pessoas dividem as suas vidas. O trabalho é o trabalho, a parte necessária que elas fazem porque são obrigadas e porque precisam botar arroz e feijão na mesa de casa. O tempo livre é o tempo onde as pessoas são "livres" e fazem o que bem entender dentro dos limites do relativismo. No tempo livre gasta-se o dinheiro ganho com o suor do trabalho: pode-se comprar um pacote conservador de viagens para toda minha família ou comprar alguns gramas de pó só para relaxar.
É foda, mas me parece que qualquer tentativa de burlar essa lógica vai ralo abaixo. Nem a loucura mais louca do nosso meio urbano escapa desta lógica. Aliás, acho que é bem comum as pessoas recorrerem a qualquer tipo de escapismo imbecil, só pra arranjar uma desculpa e poderem viver em paz consigo mesmas. As coisas estão tão lazarentas que o próprio escapismo virou mais uma mercadoria, que nos garante uma impotência cada vez maior.
E pra ganhar cada vez mais conforto e dar mais via para o escapismo, a gente se submete cada vez mais ao expediente. Esteja pronto pra limitar a sua vida pra poder sobreviver.
Sei lá, parece que as pessoas dividem as suas vidas. O trabalho é o trabalho, a parte necessária que elas fazem porque são obrigadas e porque precisam botar arroz e feijão na mesa de casa. O tempo livre é o tempo onde as pessoas são "livres" e fazem o que bem entender dentro dos limites do relativismo. No tempo livre gasta-se o dinheiro ganho com o suor do trabalho: pode-se comprar um pacote conservador de viagens para toda minha família ou comprar alguns gramas de pó só para relaxar.
É foda, mas me parece que qualquer tentativa de burlar essa lógica vai ralo abaixo. Nem a loucura mais louca do nosso meio urbano escapa desta lógica. Aliás, acho que é bem comum as pessoas recorrerem a qualquer tipo de escapismo imbecil, só pra arranjar uma desculpa e poderem viver em paz consigo mesmas. As coisas estão tão lazarentas que o próprio escapismo virou mais uma mercadoria, que nos garante uma impotência cada vez maior.
E pra ganhar cada vez mais conforto e dar mais via para o escapismo, a gente se submete cada vez mais ao expediente. Esteja pronto pra limitar a sua vida pra poder sobreviver.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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