Vivemos na época do "ou não".
Matar o próximo é uma coisa ruim, é pecado; ou não.
A música de Mozart é melhor que a música do Rouge (lembram do Rouge?); ou não.
Deus existe; ou não.
Cada homem é independente; é o indivíduo quem pode melhor julgar o que é melhor para si mesmo - e caímos num pragmatismo-utilitarista cego.
Ou o indivíduo pode não saber o que está fazendo, alguns podem guiar os outros para que atinjam os melhores ideais - e caímos numa ditadura dogmática.
É... tudo é relativizável. Só precisamos ser tolerantes e respeitar a opinião alheia.
Ou não.
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Conversa no terminal
_Diz que tá faltando dinheiro.
_É, a crise tá braba.
_Mas quem faz o dinheiro?
_Os americanos.
_O que a gente usa aqui?
_Não, o que a gente usa aqui não, mas o que usam no mundo.
(...)
(...)
(...)
_Eu vi no jornal que não eles não fazem mais nota de um real.
_É, a crise tá braba.
_Mas quem faz o dinheiro?
_Os americanos.
_O que a gente usa aqui?
_Não, o que a gente usa aqui não, mas o que usam no mundo.
(...)
(...)
(...)
_Eu vi no jornal que não eles não fazem mais nota de um real.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Zacarias
Acordou numa praça com fome, machucado e passando um frio que carcomera-lhe os beiços.
Foi tomar uma dose de pinga e deixou parte da pele dos lábios no copo.
Três semanas depois - com a garganta coberta de ínguas - morreu de inanição...
Foi tomar uma dose de pinga e deixou parte da pele dos lábios no copo.
Três semanas depois - com a garganta coberta de ínguas - morreu de inanição...
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
terça-feira, 14 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
Culpado
Acho engraçado como as pessoas afastam de si o sentimento de culpa. Elas arrumam quaisquer desculpas - e até mesmo um grande sistema de desculpas - para se livrarem deste sentimento. Mas, caraleo, quem então é o culpado de tudo isso?
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Réu
O mundo me processa. Não sei por qual motivo.
O jeito que eu ando, o jeito que eu falo, as coisas que falo, todos os meus atos bons ou maus, e todas as coisas que escuto, e todas as coisas pelas quais eu sou afetado, e todos os meus pensamentos mais secretos são atentamente vigiados pelo mundo. Se eu sair fora da linha vou ser massacrado até a morte: até uma morte intelectual e moral. Até a morte física mais dolorosa e torturante que se possa imaginar.
Por favor, não finja que você nada tem a ver com isso.
O jeito que eu ando, o jeito que eu falo, as coisas que falo, todos os meus atos bons ou maus, e todas as coisas que escuto, e todas as coisas pelas quais eu sou afetado, e todos os meus pensamentos mais secretos são atentamente vigiados pelo mundo. Se eu sair fora da linha vou ser massacrado até a morte: até uma morte intelectual e moral. Até a morte física mais dolorosa e torturante que se possa imaginar.
Por favor, não finja que você nada tem a ver com isso.
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